23.2.12

O caso Eloá e a educação


A mídia tem dado uma atenção, talvez exagerada, ao caso da morte da adolescente Eloá Pimentel. Mas o que quero neste texto é tentar analisar o porque isso acontece e poderá acontecer novamente em nossa sociedade. Numa divisão cronológica analisarei o caso em dez pequenos itens sendo: A arma; O namoro: A invasão; O cárcere privado; A ameaça: A intimidação: O assassinato; A prisão; O arrependimento; A condenação.

A Arma. Quando questionado da necessidade de estar armado na ocasião, Lindemberg Alves declarou que a arma seria necessária uma vez que estava recebendo ameaças de morte pelo telefone. Bem, levando em conta que a profissão dele era transportador de documentos, ou motoboy, quais riscos ele estaria correndo? A não ser que estivesse envolvido em algo ilícito. Mas uma pessoa que anda armada, com autorização da justiça que não era o caso dele, não fica apontando a arma aos amigos. Se fosse assim, como seria a vida social dos policiais, se a cada vez que encontrar alguém apontasse a arma? A arma em seu poder tinha o motivo de mostrar a alguém o que ele era capaz de fazer se não atendesse seu desejo.

O Namoro. Existia uma relação amorosa entre eles. Mas deve-se levar em conta o que significa um namoro para uma adolescente de 15 anos, ou menos no caso da Eloá, e que frequentando a escola amplia muito a relação social e assim a oportunidade de conhecer e comparar o caráter e a personalidade de outros jovens. O assassino não compreendeu que as relações têm início e certamente terão fim se não forem alimentadas por momentos agradáveis e com muito amor. Ele não aprendeu que as paixões tendem a esfriar, e quando isso acontece, devemos dar um fim e recomeçar. E foi esse o desejo de Eloá, que ele honestamente deveria aceitar e seguir sua vida.

A invasão. Lindemberg não foi convidado a participar da reunião na casa de Eloá. Ora, nesse horário ele deveria estar trabalhando. Se ela não queria ele por perto, também não desejava que ele aparecesse no momento em que estavam estudando. Ainda mais com uma arma na mão ameaçando todos. A invasão da casa mostra um quadro de ciúme. O que será que estão fazendo lá dentro? Essa é a primeira desconfiança de quem não confia no outro e sofre com o ciúme. Mas que traição a Eloá poderia cometer se para ela o relacionamento não existia mais? E aqui que começa aquele sentimento de posse e desejo de matar “Se ela não for minha, não será de mais ninguém”.

O Cárcere privado: Depois que invadiu a casa, mostrou que era poderoso apontando a arma, ameaçando matar a todos. O assassino percebeu que tinha cometido um erro e não poderia voltar atrás. Voltar atrás seria como mostrar fraqueza diante de sua amada (nesse momento não existia mais amor em seu coração, apenas ódio) e ele não queria. Para ele tudo levaria em acabar com a vida de sua ex-namorada para defender a sua honra. Não aprendeu ele que uma pessoa defende sua honra quando respeita os outros e respeita a vida.

A ameaça: Durante os momentos em que esteve com a arma apontada para Eloá e os amigos ameaçando-lhes a vida, desejava matar. Em nenhum momento ameaçou se suicidar se as coisas não desse certo. Isso seria uma demonstração de fraqueza, e ele deveria mostrar que era forte e seu desejo era uma ordem expressa.

Os tiros: intimidação. Qual era o seu desejo quando atirou contra os policiais? Mostrar que tem coragem de atirar? Mostrar que não estava brincando? Mais uma vez ele demonstra que era forte com uma arma na mão. Sim era perigoso. Por isso os policiais mantinham a uma distância segura. Mas ao mesmo tempo Lindemberg demonstrava desespero. Atirar contra policiais, ou outras pessoas que estavam ali, é um erro maior do que atirar contra parede e ele sabia disso.

O Assassinato: Lindemberg matou Eloá devido a invasão dos policiais? Bem é isso que ele disse em sua defesa. Mas se ele estava ameaçando matar ela desde o começo, certamente a invasão dos policiais apenas antecipou os tiros certeiros. Ele sabia que cometeu vários crimes, e sabia que seria preso. E na prisão ele não aguentaria ver Eloá livre e nos braços de outro. Se não terminasse com a vida dela ali, seria um fracassado, e certamente acabaria com a vida dela depois de sair da prisão.

A prisão: O assassino sabia que só sairia do apartamento invadido preso ou num conflito com a polícia seria morto. Então decidiu sair calado e sem reagir. Mas por que ele se manteve calado durante o tempo em que esteve preso? Uma estratégia? Parece-me que ele tem conhecimento do sistema judiciário e que qualquer coisa que falasse em sua defesa seria analisado e criticado pela mídia.

O arrependimento. Até parece cômico uma pessoa em sã consciência fazer o que ele fez e depois pedir perdão para a mãe da vítima. Ele teve oportunidades de se arrepender antes de assassinar e não fez. A mãe deve perdoá-lo? Levando em consideração a religiosidade das pessoas e para que não nos tornarmos um coração magoado, acredito que seja possível o perdão.

A condenação. Indiferente se a mãe de Eloá perdoar o assassino ou não, a justiça não deve perdoar. A condenação foi justa? Noventa e oito anos em regime fechado, tendo que cumprir apenas trinta é uma condenação justa pelos crimes que cometeu? Lembrando que ele já está trabalhando para diminuir sua pena. Certamente cumprirá apenas 25 anos. E quem pagará a conta da manutenção dele na cadeia? Nós com nossos impostos. Não esquecendo que para manter um preso na prisão o Estado gasta duas vezes o valor de uma criança na escola.

De quem foi o erro na educação desse jovem? Os pais? A sociedade? A escola? Ele sabia a diferença entre o certo e o errado. Sabia a diferença entre o bem e o mal. Tinha todo direito de escolher um caminho. Escolheu errado. O caminho escolhido interrompeu o caminho de outros. O que seria necessário ensinar as crianças para que isso não volte a acontecer novamente? Ética? Cidadania? Respeito a vida? Amor ao próximo? Ou simplesmente amor?

Valter Figueira

22.2.12

Veja como podemos ficar se evoluir – mos para enfrentar os efeitos da poluição

Como poderemos ficar no futuro, seguindo o modelo evolucionista de Darwin para adaptarmos as mudanças climáticas e a poluição. Essa previsão foi publicada no século passado, ela conta como o ser humano vai evoluir para sobreviver em um mundo de alta concentração de toxinas e poluição. A publicação foi feita originalmente na antiga União Soviética e os créditos são do Dr. W. S.Goker.
Será que vamos ter que evoluir para sobreviver em um mundo de alta concentração de toxinas e poluição? Ou conseguiremos dar um jeito de reverter a situação? Bom, como não vemos muitos progressos nessa área, vamos tentar entender como poderemos ser no futuro: Eu hem? Cruz credo, prefiro preservar a natureza.






1. Olhos. A fim de suportar o contato com substâncias poluentes na atmosfera, o olho humano será menor, semelhante ao do porco. Uma membrana transparente (que agora pode ser encontrado no canto interno do olho), será maior e irá servir como uma segunda pálpebra.
2. Nariz. Aumentará de tamanho e terá um sistema de compartimentos e filtros para melhor limpar o ar. Pela mesma razão, os pêlos do nariz se tornarão mais densos e longos.
3. Pulmões. Aumentará de tamanho e vai ser mais ligado ao sistema circulatório, o que permitirá a extração do ar de uma pequena quantidade de oxigênio.
4. Fígado. Sua capacidade de limpar o sangue vai aumentar drasticamente se tornando mais eficaz na filtragem de substâncias venenosas.
5. Pele. Torna-se mais brutal, com áreas de calcificação para evitar queimaduras de poluentes químicos na atmosfera.
6. Apêndice. Deixam de ter uma função superficial, ajudando a transformar todo tipo de vegetal em alimento (uma vez que a carne se tornará imprópria para consumo devido à poluição).
7. Estrutura óssea. Será mais frágil e mais leve, devido à relativa falta de vitamina D (redução da quantidade de luz solar e má alimentação).
8. Cabelo. Desaparecerá devido a um forte aquecimento global.
9. Orelhas. O aumento da poluição sonora irá conduzir à formação de dobras nas orelhas, tornando-as mais semelhantes ao cão. Uma pessoa poderá levanta-las para ouvir melhor e abaixa-las para reduzir o ruído de fluxo.
10. Temperamento. O homem vai ser um pouco louco. Isto será, devido à presença de substâncias tóxicas nos produtos alimentares (que conterá uma alta percentagem de mercúrio).
11. Aparelhos respiratórios. Imediatamente após o nascimento, o homem precisará de uma unidade especial de respiração, que irá ajudá-lo à sobreviver às primeiras semanas de vida.
12. Rins. Vai adquirir uma nova função – a extração de água da urina e conservação de água no organismo. Em vez de fluído, a pessoa vai urinar uma espécie de purê, composto de ácido úrico e substâncias tóxicas.
Ainda bem que não viveremos até que essas mudanças possam acontecer, se é que Darwin estava certo e realmente isso acontecerá, mas o melhor jeito mesmo é diminuir os efeitos da poluição desde já.

19.2.12

Lei da palmada (mais uma lei?)

No final do ano passado foi aprovada pelos nossos legisladores nacionais a Lei da Palmada, mais uma lei punitiva para controlar os cidadãos nesse chamado “país democrático”. Sim é mais uma lei dentre outras que existem e não são cumpridas, principalmente por aqueles que deveriam, e por aqueles que fazem leis.
Não sou contra a Lei da Palmada: “PROJETO DE LEI Nº 2654 /2003 da Deputada Maria do Rosário, Dispõe sobre a alteração da Lei 8069, de 13/07/1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente, e da Lei 10406, de 10/01/2002, o Novo Código Civil, estabelecendo o direito da criança e do adolescente a não serem submetidos a qualquer forma de punição corporal, mediante a adoção de castigos moderados ou imoderados, sob a alegação de quaisquer propósitos, ainda que pedagógicos, e dá outras providências.” Mas como a própria lei diz que já está estabelecido no Estatuto da Criança do e Adolescente (ECA), então é só fazer cumprir.
Até parece que em nosso país se fazem leis para não serem cumpridas e depois fazem novas leis punitivas para aqueles que não cumprem. Não haveria necessidade de uma nova lei punitiva aos pais que agridem os filhos se eles cumprissem o que reza o ECA e que os pais aprendessem o que é certo e errado na educação dos filhos. Podemos afirmar então que o que está em falta é educação, fazer com que o cidadão seja honesto, ético e respeitar a vida.
Essa Lei é a prova do nível baixíssimo dos nossos "nobres" deputados. Proibir ou não as palmadas, é como discutir se proíbe ou não atirar com arma, ou qualquer outro meio violento. É mais uma lei punitiva e desnecessária. Antes disso é primordial discutir os motivos dessa atitude. Quais as principais dificuldades que os pais estão encontrando para educarem seus filhos. Prover as famílias de recursos psicológicos, pedagógicos e econômicos seria mais sensato e teria muito mais resultados positivos do que apenas punir.
Se analisarmos bem, a falta de condições dos pais em educar e participar mais do crescimento de seus filhos vem da falta de recursos econômicos. Os pais têm que trabalhar fora deixando de acompanhar da vida escolar e afetiva de seus filhos. Se recursos federais fossem direcionados para melhorar a educação e que fossem realmente aplicadas, melhoraria de forma significativa essa situação. Infelizmente há os desvios de verbas que se destinam a saúde e educação que são primordiais para a preparação do cidadão para viver em família e respeitar o outro.
Os deputados deveriam se preocupar em aprovar a lei que proíbe a corrupção, a fome, o desemprego, a falta de educação, uma lei que não permitisse que eles aumentassem os próprios salários, que eles tivessem que trabalhar, que proibisse a má gestão dos recursos originados de impostos, uma lei que proibisse crianças de rua e muitas outras.
Está mais do que provado que as leis punitivas, muitas vezes não elimina a possibilidade de acontecer novamente. A proteção às crianças e adolescentes se dará com projetos e ações preventivas. O que acontecerá com os pais punidos por praticarem tais atos? Nos casos mais graves serão presos. E cadeia não significa correção e aprendizado. Então o que fazer? Projetos e ações que trabalham com a família, que preparam os pais para não cometerem “erros” na educação e não precisar usar “corretivos”, que usem o diálogo e o bom senso para manter a harmonia na família.

Valter Figueira – Professor e escritor, reside em Carlinda –MT

7.2.12

Roteiro para ensinar a quem não quer

Ensinar a quem não quer é uma das missões impossíveis do professor. Porque o professor não pode aprender em vez do aluno. Porque o verbo aprender não suporta o imperativo. Porque aprender é um acto que pressupõe a vontade. Que fazer, então, num tempo em que muitos alunos parecem ter “perdido” a vontade de aprender? Enuncio, de seguida, um roteiro possível para acender a vontade, organizado segundo diversas variáveis, procurando sistematizar o que se "sabe" sobre a arte e a ciência da motivação e da implicação dos alunos nas tarefas escolares:

A. Currículo e programas
1. Ajustar o currículo aos contextos sociais e culturais locais
2. Relacionar os conteúdos com os contextos de vida dos alunos
3. Evidenciar a empregabilidade social e pessoal dos conhecimentos
4. Relevar a importância das aprendizagens emocionais, relacionais, cognitivas para a vida
5. Colocar o currículo e o programa ao serviço das aprendizagens dos alunos
6. Incorporar as inteligências múltiplas no desenvolvimento do currículo

B. Missão do professor
7. Criar oportunidades de aprendizagem para cada aluno
8. Recriar o currículo e o programa em função dos alunos
9. Descobrir os “detonadores” da motivação intrínseca de cada aluno
10. Usar o programa para que os alunos aprendam
11. Usar a avaliação para que os alunos aprendam mais
C. Agrupamento de alunos
12. Flexibilizar o agrupamento de alunos (grupos temporários de nível, grupos de interesse similares, grupos heterogéneos)

D. Gestão do tempo
13. Adequar o tempo às necessidades de cada aluno (no campo das aprendizagens, no campo da avaliação…)

E. Cumprimento de regras
14. Clarificar as regras básicas da convivência escolar
15. Implicar os alunos na construção dessas regras
16. Difundir massivamente essas regras para que sejam conhecidas e interiorizadas
17. Tornar claro que as acções dos alunos têm consequências e que ninguém é inimputável
18. Adoptar o princípio da tolerância zero em relação à violência
19. Construir, afirmar e valorizar a autoridade que preza o outro

F. Organização e gestão do espaço
20. Diversificar a disposição do espaço em função da actividade a desenvolver (mesas em filas, em U, em círculo, em pequenos grupos, face a face…)
21. Circular pelo espaço, gerir múltiplas interacções, observar o trabalho dos alunos em contexto de sala de aula (o professor como organizador de situações de aprendizagem)

G. Métodos e técnicas de ensino
22. Diversificar os métodos de ensino (dentro de cada aula, de aula para aula): breves exposições, trabalho de pares, trabalho individual, trabalho de projecto, breves debates, trabalho de pesquisa, …)
23. Recorrer pontualmente à tutoria entre alunos
24. Criar oportunidades para que os alunos escrevam a sua vida (e a partilham quando quiserem)
25. Organizar situações de aprendizagens dentro e fora da sala de aula que sejam distintas e situadas na “zona de desenvolvimento próximo” de cada aluno (suficientemente exigente, não fácil, mas não situada numa “zona” que o aluno não possa realizar)
26. Ligar o ensino à vida

H. Relação pedagógica
27. Gostar do outro (gostar das pessoas que moram nos alunos)
28. Escutar os alunos
29. Acreditar que todos os alunos podem aprender
30. Criar oportunidades para que cada aluno tenha (pequenos) sucesso
31. Celebrar os pequenos sucessos
32. Dar feedback frequente e orientador
33. Conhecer o percurso escolar de cada aluno
34. Conhecer o contexto de vida dos alunos
35. Inspirar os alunos para que se auto-motivem
36. Gostar da matéria que lecciona
37. Respeitar as singularidades e as diferenças
38. Exigir na medida máxima do possível

I. Relação escola-família
39. Usar o “TPC” para implicar a família na valorização da escola
40. Contratualizar as regras básicas da escolarização
41. Convocar a família (também pelos bons motivos)
J. Modalidades de avaliação
42. Privilegiar a avaliação formativa e formadora ao serviço das aprendizagens
43. Usar a avaliação sumativa e a classificação para estimular os alunos
44. Encontrar sempre no que aluno realiza algo que possa ser valorizado

K. Instrumentos de avaliação
45. Diversificar os instrumentos de avaliação (prova oral, prova experimental, prova escrita, projectos de diversa natureza…)
46. Reconhecer que o uso predominante dos testes escritos cria diversas injustiças escolares e gera insucesso nos alunos menos competentes nesta área.

Publicado no blog Terrear

6.2.12

Eu sou lindo.


O título deste texto é uma afirmação. Uma demonstração de auto-estima e não de culto ao corpo. Mas vamos ao que interessa. Quando chego na sala de aula sempre falo para meus alunos que agora eles terão aulas com o professor mais bonito da escola. Falo isso e fico ouvindo suas exclamações, que são as mais diversas como: “É nada!” “professor mais bonito é fulano” “aqui não tem professor bonito só professoras bonitas” E assim vai. Então eu complemento dizendo. – É claro que sou bonito, minha mãe disse isso e acredito nela. As respostas são as seguintes: “Sua mãe disse isso para você não ficar triste.” “ todas mães amam seus filhos e acham eles bonitos.” “As mães são assim mesmo, tem orgulho de seus filhos”.
Acredito que até aqui conseguimos sentir uma ponta de bons relacionamentos entre mães e filhos. Para extrair mais de meus alunos uso um pouco do que meu amigo P.H. Xavier chama de maiêutica socrática disfarçada. Lanço a seguinte pergunta. Suas mães não acham vocês bonitos?  Nesse caso quase todos concordam. Digo quase porque ouvi uma resposta de uma menina que me deixou triste e com uma pulga atrás da orelha. Ela respondeu o seguinte: “Minha mãe diz que sou uma puta!” ( O leitor me desculpe pelo palavrão. Não encontrei outra palavra que significasse o mesmo e que não tirasse a originalidade da frase dita pela criança). É claro que nesse momento fiquei sem ação. Estava diante de uma clara demonstração da forma errada de educar os filhos.
O que leva essa mãe a falar isso para uma filha? Não estamos falando de uma adolescente rebelde e sim de uma criança de 11 anos.  Talvez a mãe tenha chegado a essa conclusão devido as roupas usadas pela pré-adolescente? Talvez pelo desejo de usar maquiagens? Isso não dá suporte para que a mãe chegue considerar o que disse para sua filha.
Meu amigo P.H. Xavier considera isso despreparo dessas pessoas em ser mãe e pai, e que seria necessário ter cursos de como educar crianças direcionados para todos os adolescentes, antes mesmos de serem pais. Talvez isso mudaria muito o pensamento e cuidados para evitar a gravidez e a transmissão de doenças.
Enquanto professor, tomamos muito cuidado com o que falamos em sala, para não ferir o ego das crianças e para não destruir seus sonhos. Sempre colocamos que é possível realizar seus sonhos. Percebo que o comportamento das crianças na sala de aula refletem muito o que ela aprende em casa. No caso dessa menina, qual seria o seu sonho? Ser aquilo que a mãe afirmou? Augusto Cury afirma que as crianças vivem aquilo que vivenciam em casa. Por isso que acredito que muitos pais precisam de preparação.
Como preparar os pais para serem pais? Fazendo com que retornem para as escolas? Acredito que com profissionais adequados e com bons projetos, nossos governantes provocariam uma grande mudança e não teríamos grandes problemas futuros.
Valter Figueira – Professor e escritor
www.valterfigueira.blogspot.com