14.3.13

Livro

Livro

um amigo

para falar comigo

um navio

para viajar

um jardim

para brincar

uma escola

para levar

debaixo do braço.

Livro

um abraço

para além do tempo

e do espaço.


Luísa Ducla Soares

27.2.13

Criar contextos de aprendizagem


“O ensino-aprendizagem é entendido, de acordo com Cohen, Raudenbush e Ball (2003), como a interação entre professores, conteúdos e alunos, dentro de uma prática docente determinada num contexto. (...) Podemos concordar que, entre as competências de um bom docente, encontramos as cinco seguintes: os professores estão comprometidos com os estudantes e com a sua aprendizagem; conhecem os conteúdos que ensinam e a forma como devem ensiná-los aos alunos; são responsáveis pela direção e orientação do trabalho dos alunos; pensam de modo sistemático sobre a sua prática e aprendem com a experiência; fazem parte de comunidades de aprendizagem comprometidas com a melhoria do ensino.”

António Bolívar, Melhorar os processos e os resultados educativos, p.164-165

24.2.13

O Livro



E quando chegares à dura
pedra de mármore não digas: «Água, água!»,
porque se encontraste o que procuravas
perdeste-o e não começou ainda a tua procura;
e se tiveres sede, insensato, bebe as tuas palavras
pois é tudo o que tens: literatura,
nem sequer mistério, nem sequer sentido,
apenas uma coisa hipócrita e escura, o livro.

Não tenhas contra ele o coração endurecido,
aquilo que podes saber está noutro sítio.
O que o livro diz é não dito,
como uma paisagem entrando pela janela de um quarto vazio.
Manuel António Pina

1.2.13

APRENDIZAGEM PROFUNDA


«A aprendizagem profunda é, frequentemente, uma aprendizagem lenta. Após décadas de associação entre a lentidão da aprendizagem e o insucesso, a incapacidade, ou o retrocesso, esta afirmação parece estranha. Os aprendizes lentos são, geralmente, vistos como pessoas que precisam de ser ajudadas e não admiradas. Não obstante, a aprendizagem que não é realizada de uma forma demasiado rápida ou apressada ocupa um lugar central na nossa capacidade de incubar ideias criativas e inovadoras. Ela é essencial para a nossa capacidade de matutar e de andar à volta de problemas complexos e difíceis e de aparecer com soluções imprevistas.»

Andy Hargreaves

Dean Fink

14.1.13

Ensinar é uma profissão paradoxal

"Entre todos os trabalhos que são, ou aspiram a ser profissões, apenas do ensino se espera que gere habilidades e as capacidades humanas que possibilitarão aos indivíduos e organizações sobreviver e ter êxito na sociedade do conhecimento nos dias de hoje. Dos professores, mais do que qualquer outra pessoa, espera-se que construam comunidades de aprendizagem, criem a sociedade do conhecimento e desenvolvam capacidades para inovação, flexibilidade e o compromisso com a transformação, essenciais à prosperidade económica. Ao mesmo tempo, os professores devem também mitigar e combater muitos dos imensos problemas criados pelas sociedades do conhecimento, tais como o consumismo excessivo, a perda da noção de comunidade e o distanciamento crescente entre ricos e pobres. No atingir esses objetivos simétricos reside o seu paradoxo profissional. A educação – e consequentemente, escola e professores - deve estar ao serviço da criatividade e da inventividade.”

Hargreaves