31.3.11

" O homem luta, sofre, morre, quebra-se de encontro às muralhas da vida. Quando conquista posições, colhe honrarias e posses materiais. A fama sobe-lhe à cabeça e com ela o desejo de perpetuar uma situação transitória. O grande herói é, entretanto, o que se conhece a si mesmo. É invencível. É rei, apesar de mendigo. Ao morrer não deixa de existir, pois alcançou a imortalidade."


Lao Tsé.

ENSINO: Uma tragédia anunciada!

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).
A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.
O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.
Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.
No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...
E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”
Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...
Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.
Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.
Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:
EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;
EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;
EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;
EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;
EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;
EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;
EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;
EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;
EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;
EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;
EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito;
EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;
EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição;
EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;
EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;
Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.
Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.
A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”
Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.
Igor Pantuzza Wildmann é Advogado – Doutor em Direito e Professor universitário

30.3.11

A importância do olhar

"Professores com baixa expectativa em relação aos seus alunos podem comprometer - e muito - o processo de aprendizagem dos jovens. A boa notícia? O inverso também pode acontecer.
A psicologia apropriou-se da história e definiu o "efeito Pigmalião" como aquele em que o indivíduo se apaixona pelo objeto de desejo que ele mesmo construiu. (...) "Quando os professores esperam um grande progresso de seus alunos, eles progridem duas vezes mais rapidamente. O desempenho do aluno é proporcional às expectativas do professor"(…).
(…) O grande porém do efeito Pigmalião é que, na mesma proporção, também se pode esperar o fracasso do alunado, quando professores têm baixa expectativa em relação ao futuro escolar dos jovens.(…) Mas o professor tem consciência disso? (…) "Ele sempre atribui a maioria do caos escolar a fatos externos - a rebeldia do aluno, a família desestruturada, a política pública ineficaz. O que não deixa de ser fato. A questão é o docente não fazer uma auto-análise para saber se ele também não faz parte do problema", afirma.
(…) "É evidente que os alunos refletem as expectativas que colocamos sobre eles. O problema, porém, é que ou colocamos expectativas enormes sem os meios, os cenários, para suas aquisições pela construção cognitiva, ou colocamos expectativas baixas demais por desatenção, cansaço, descaso, enfim desânimo, ou desrespeitamos a curiosidade espontânea do aluno, ignorando os movimentos naturais de sua mente".
(…) "A expectativa que os educadores nutrem sobre os educandos é um fator crucial para o desenvolvimento da aprendizagem, afinal, sem esperar muito dos alunos, provavelmente os professores não irão desafiá-los o suficiente para aprenderem, o que deve resultar em baixos níveis de aproveitamento. Além disso, em contato com uma baixa expectativa por parte de seus professores, os estudantes tendem a se sentir desmotivados e desmobilizados".
(…) "Antes tida como um local restrito aos que detinham inteligência, riqueza e tempo, a escola passou a acolher toda a população a partir do entendimento de educação como direito do cidadão e dever do Estado. Antes, se o aluno não aprendia, não seguia uma conduta, ele ia sendo, pouco a pouco, excluído da escola. Hoje isso não pode acontecer. O professor precisa conviver com todo tipo de aluno. Ele é o sucesso ou não do professor, porque ele é o seu desafio", analisa.
"Há certa ausência de reflexão nas escolas a respeito da fase de vida dos estudantes - a juventude -, e pouco diálogo entre as práticas educativas e as vivências juvenis. Esse processo é fundamental para a construção de sentidos para a escolarização tanto para professores como para alunos. É impossível pensar nas expectativas de êxito e de projetos futuros sem fazer da escola um espaço de discussão e formulação dessas questões."
"Alunos e professores precisam de mais comunicação para igualar expectativas: cada um precisa dizer o que espera do outro. O problema hoje é que ninguém conversa para entender isso. Se eu não saio da queixa e não entro na explicação das regras do jogo, nada vai mudar."
Rachel Bonino, in Revista Educação, nº 149 - Vox noxtra

29.3.11

A vantagem acadêmica de Cuba

Tive a oportunidade de ler um livro lançado ainda em 2009 pelo pesquisador americano Martin Carnoy com o apoio da Fundação Lemann. Carnoy estuda diversos aspectos da educação em seus mais de 40 anos de carreira em investigações científicas em educação e economia e possui diversos outros títulos publicados, é autor também de Estado e Teoria Política (2003).
A vantagem acadêmica de Cuba: por que seus alunos vão melhor na escola propõe esmiuçar os motivos pelos quais os alunos cubanos vêm obtendo melhores desempenhos em diversas provas internacionais e despontam como referência em qualidade de educação na América Latina. Para isso, o autor e os pesquisadores Amber Gove e Jeffery Marshall se apoiam principalmente em resultados das disciplinas de matemática de três países: Brasil, Chile e Cuba. Além dos índices internacionais, eles também se utilizam de provas de nível nacional e registro de aulas de matemática que acompanharam nos três países.
O livro é muito bem detalhado e preocupado (até o ponto a que se propõe) em explicar aos leitores quais são os órgãos e instituições responsáveis por diversos índices ou decisões político-educacionais nos diferentes países. A atenção aos índices e aos dados técnicos pode cansar alguns leitores que buscam no livro uma fórmula para aplicar em sala de aula no Brasil. Por outro lado, os índices ajudam a manter o texto com um pé na realidade, diferente de muitos trabalhos em pedagogia e educação que se perdem sob uma aura extremamente utópica (sem rigor científico algum) e mostram um desconhecimento profundo da realidade educacional brasileira por parte de certos autores.
Essa visão exageradamente romântica da educação não se expressa na análise de Carnoy. Apesar da amplitude perigosa de seu objeto de estudo, a comparação dos dados parece bem feita, com uma apresentação didática da situação educacional de cada país e de sua história recente, no que diz respeito à área.
Por outro lado, o leitor pode achar muito perigoso comparar a situação educacional de países com perfis tão diferentes. Ainda mais, entendendo como os governos desses três países se diferem na atualidade, pode parecer que a comparação entre os resultados não seja suficiente. O autor argumenta que a comparação é feita entre países latino-americanos, sob um contexto histórico-político recente similar, já que todos possuem experiência com regimes autoritários.
Para ele, a educação em Cuba tem um caráter mais eficaz do que a praticada nos outros países da América Latina (Brasil e Chile no caso desse estudo). Os motivos para o sucesso cubano, segundo o autor, seriam um controle mais rígido do estado na educação dos alunos e um capital social compartilhado entre os indivíduos dessa educação.
O controle cubano a qual o autor se refere tem origem na história conturbada que conhecemos de Cuba. Diferente do que ocorre no Brasil e no Chile, o governo cubano assume toda a responsabilidade pela educação das crianças, tirando dos pais praticamente qualquer poder de decisão. No Chile, o autor diz que a responsabilidade do governo pela educação é muito menor. Lá, os pais tem autonomia total sobre o futuro acadêmico dos filhos. No Brasil, essa responsabilidade ainda é mais rateada entre o governo e os pais, ambos têm sua parcela de responsabilidade e ambos possuem autonomia em boa parte das decisões acadêmicas das crianças.
Em cuba, os alunos mais jovens passam o dia todo com o mesmo professor, em regime de educação integral. Além disso, as intervenções em sala por parte dos diretores é rotineira. No Brasil e no Chile, o professor tem mais autonomia em sala de aula, e uma mesma turma possui vários professores, muitas vezes, mesmo quando jovens. Para Carnoy, o modelo cubano contribui para que o aluno veja no professor mais que um exemplo, mas que tenha com ele uma relação próxima de confiança e cumplicidade.
Outra razão pela qual o autor acredita conferir ao modelo cubando o que ele considera vantagem é a escolha pela profissão de docente. Em cuba, os professores são valorizados e ocupam um cargo respeitado socialmente. Desse modo, entre aqueles que escolhem a profissão docente estão os melhores alunos da escolas, que são também incentivados com bons salários (relativamente) e boa posição social.
Combinando todas essas razões, o autor chega à conclusão de que Cuba possui sim uma grande vantagem acadêmica pela maior intervenção estatal em todos os níveis de educação, e em todos os espaços; pela valorização do professor; pelo regime integral de educação (com o mesmo professor) durante a formação dos alunos mais jovens; e pelo modelo rígido do material didático.
Rafael Rocha - Publicado no site futuroprofessor.com.br

28.3.11

A formação de professores e a qualidade de ensino


MARIA M.Kennedy é professora da Michigan State University. O objecto da sua investigação é a prática de ensino, centrando-se em três vectores: a relação entre conhecimento e prática de ensino; a natureza dos conhecimentos utilizados na prática de ensino; e em como o conhecimento da investigação e iniciativas políticas podem melhorar a prática docente. De 1986 a 1994 dirigiu o Centro Nacional de Pesquisa (EUA) sobre a aprendizagem do professor, ganhou cinco prémios pelo seu trabalho, entre os quais mais recentemente o prémio Margaret B. Lindsey de investigação sobre a Formação de Professores. É ainda consultora de quatro Ministérios da Educação, do Banco Mundial e de uma série de organizações nacionais.
Actualmente baseia a sua investigação em que temáticas?
(…) Neste momento baseio a minha investigação na literatura sobre a contribuição da formação de professores, nomeadamente para a qualidade da sua prática docente. Pretendo perceber quais as estratégias que os investigadores têm utilizado para tentar descrever e documentar a qualidade de ensino. Ao mesmo tempo procuro compreender o que constitui a qualidade no ensino. Nós temos muitos tipos diferentes de expectativas para os professores: para ser estimulante, para promover o compromisso intelectual, a sensibilidade cultural, para ser produtivo, etc. Eu tenho essas ideias ordenadas em quatro dimensões para a qualidade geral dos professores: o conhecimento (que inclui tanto o conteúdo como a pedagogia), crenças e os valores, as práticas de sala de aula real, e o impacto na aprendizagem dos alunos. Estou interessada em ver o que sabemos sobre cada uma delas e como estas dimensões se relacionam entre si.
O eterno debate é saber se os professores devem conhecer o tema, ou serem formados em pedagogia e estratégias de ensino. Resumidamente, quais são os seus principais pontos de vista?
Na minha revisão de literatura, tenho encontrado evidência empírica de que os cursos em cada uma dessas áreas, em última análise contribui para a aprendizagem do aluno. No entanto, cada área também tem um limite para a sua utilidade. Depois de algum número de cursos, cursos adicionais não acrescentam qualquer valor ao já existente. Não existe literatura suficiente neste âmbito, mas é bastante claro que depois de certo ponto, mais não significa melhor. E isso parece ser verdade para o conhecimento do conteúdo, bem como para a pedagogia.
Nas suas publicações, refere-se ao "conhecimento codificado". O que quer dizer com isso?
Eu uso essa frase para referir-me a todo o conhecimento que é realizado em livros e artigos, escritos e armazenados. Nesse sentido a informação é codificada, e o quebra-cabeças, para mim, é a forma como os professores podem transformar toda essa informação em estratégias de acção que faria a diferença nas salas de aula. Saber sobre a fotossíntese, por exemplo, não significa que o professor possa falar sobre isso com um aluno da segunda classe.
Não é possível os professores aprenderem a ensinar apenas por praticá-lo? É assim que todos nós aprendemos a ser pais.
Acho que o maior problema em aprender a ensinar é que acontecem muitas coisas ao mesmo tempo. Elas são crianças, e querem socializar uns com os outros. (…). E existem também as normas sociais para serem atendidas. E o próprio professor tem esperanças pessoais e medos, ansiedades, e assim por diante. Então, quando se ensina, tenta-se prestar atenção a todas essas coisas ao mesmo tempo. (…) Quando as coisas ficam fora de mão, eu descubro que basta gritar com os alunos para eles se calarem. E isso funciona. Eles calam-se. Então passa-se a depender da mesma estratégia no futuro. Mas esta é uma solução a curto prazo para um problema, quando uma solução a longo prazo é necessária. Não é uma estratégia educativa, é uma estratégia de sobrevivência.
 Há aqueles que acreditam que a formação de professores deve ser realizada nas escolas, não nas "torres de marfim das academias". Qual é a sua opinião a este respeito?
 Num mundo ideal, esta seria uma óptima ideia. O trabalho nas escolas tornaria imediatamente evidente quem tem as qualidades pessoais que são necessárias, mas daria aqueles que vieram com expectativas ingénuas uma oportunidade para mudar a sua perspectiva antes de investir nessa carreira. Seria permitir aos professores encontrar alternativas de equilibrar todos os problemas, entre uma imensa miríade deles, do que necessitam para ser professores. (…) Há orçamentos incertos quase todos os anos. As escolas são incrivelmente desorganizadas e os lugares fragmentados. Elas não são capazes de fornecer aos professores o tipo de ambiente de trabalho estável e confiável que permitirá a promoção do trabalho intelectualmente coerente. Para além disso, os professores não estão com disposição de adicionar aos seus encargos a tarefa de ajudar os novatos.

Publicado no blog Vox Nostra

25.3.11

SAUDADES

Grupo Escolar Dr. Romário Martins
Minha primeira escola que frequentei,
estudei metade do 1º ano, em 1975,
com a professora Célia B. da Cunha.
No mesmo ano fomos transferidos
para um prédio novo.
Ginásio Estadual Profª Eurides
Cavalcante Tenório, onde estudei
da 5ª a 8ª séries.

24.3.11

O Poço

Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.

Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?

Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.
Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.

Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.

Radiosa me sorri
se minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.

Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.

Pablo Neruda

19.3.11

99 coisas para se fazer antes de morrer

1 — amar, amar de novo, amar sempre

2 — trocar a parceria, se já não é mais possível a cumplicidade
3 — religar um sonho de juventude e se apaixonar perdidamente
4 — checar os instrumentos de voo, sem deixar que o amor à segurança lhe roube o amor à liberdade
5 — morar num país de cultura não-ocidental
6 — ler Finegans Wake, de Joyce
7 — parar de elogiar Faulkner ou Clarice Lispector só porque os outros elogiam
8 — ler a Bíblia acompanhada de um bom dicionário bíblico
9 — trocar um vício por um novo hábito
10 — passar uma semana num mosteiro ouvindo o silêncio ou o zoar de seus ouvidos
11 — fazer amizade com uma pessoa excêntrica
12 — trocar o emprego por uma diversão, ainda que receba menos
13 — investir na bolsa e jogar num cassino
14 — praticar rapel ou canoagem
15 — faltar a um compromisso sem razão plausível
16 — negar um aval (ou todos)
17 — ficar uma semana sem tomar banho
18 — fazer tatuagens
19 — acrescentar ao seu o sobrenome de um ancestral
20 — examinar suas preferências como se você fosse outra pessoa
21 — perdoar a quem lhe ofendeu
22 — vingar uma maldade
23 — ir ao velório de um desafeto sem ódio e não rezar por ele
24 — dar a você mesmo um presente caríssimo
25 — admitir que errou e tirar experiência do erro
26 — ganhar dinheiro, depois achá-lo irrelevante
27 — não lamentar o tempo perdido
28 — aproveitar o tempo que ainda lhe resta
29 — valorizar as pessoas ao seu redor, por mais humildes que sejam
30 — aprender com os estúpidos
31 — não acreditar 100% em algo ou alguém
32 — converter decepção em ânimo novo
33 — duvidar do fracasso, bem como do sucesso permanente
34 — viver a vida como única, e o instante como último
35 — plantar uma dúvida e disseminar a consciência
36 — descrer das verdades estabelecidas
37 — ver o trivial como um mistério
38 — comover com uma coisa à-toa
39 — mudar para um sítio e cultivar a vizinhança
40 — dormir em rede numa casa construída sobre árvore
41 — aconselhar-se com uma criança
42 — duvidar da auto-ajuda e saltar no vazio com as redes da intuição
43 — fugir da automedicação
44 — suspeitar do médico
46 — ver o outro lado, olhar ao derredor, inclusive por baixo
47 — tomar decisão, apesar da dúvida
48 — descartar o excesso
49 — comprar uma roupa que nunca vai usar, pensando que vai
50 — cantar ópera (no banheiro)
51 — dar um presente a um desconhecido
52 — formar um jardim de ervas daninhas
53 — ter um réptil de estimação
54 — pertencer a uma sociedade secreta ou uma tribo urbana (emo, siriemo, gótico etc)
55 — ir a um terreiro de macumba
56 — achar o pouco bastante
57 — achar o pleno excessivo
58 — lutar espadachim ou esgrima
59 — fortalecer os ossos e os neurônios
60 — fazer sexo em grupo
61 — consultar uma cartomante
62 — aprender tarô só pelo gosto de duvidar
63 — achar Nova York decadente
64 — achar bregas as mulheres de topless na Côte D’azur
65 — afixar no quarto um calendário de borracharia
66 — namorar o(a) porteiro(a)
67 — desposar um(a) príncipe(esa)
68 — revelar um segredo
69 — guardar um segredo para sempre
70 — envergonhar-se das vezes em que não foi honesto
71 — beber absinto e sentir o cheiro das estações
72 — comer bumbum de tanajura numa tribo
73 — passar um dia inteiro com a mãe falando de velhos acontecimentos
74 — atravessar o país de bicicleta
75 — dormir num estábulo
76 — fazer amor no feno
77 — andar a cavalo em pelo
78 — rir do prejuízo que levou (só Deus sabe de antemão o negócio que vai dar certo)
79 — sair pelado(a) no carnaval
80 — declamar Maiakósviski numa festa de empresários
81 — falar de Peter Drucker num encontro de poetas
82 — plantar bananeira na Câmara Federal
83 — dar uma banana pro Senado
84 — chamar um ministro do Supremo de Psit
85 — mijar no Memorial JK
86 — propor pagar uma dívida com a entrega de um rim
87 — ir a pé à festa da padroeira
88 — posar para foto cruzando a faixa da Abbey Road
89 — tomar chope num pub londrino de costas para McCartey
90 — aprender um ofício inútil
91 — namorar sem pensar em casamento
92 — casar com a mesma convicção com que namora
93 — começar um empreendimento depois dos 80
94 — vender um negócio extremamente promissor
95 — lembrar que o passado não existe, que o futuro não existe e que o presente é duvidoso
96 — ver que nem tudo que brilha é lantejoula
97 — separar o trigo do joio e colher o joio
98 — conquistar algo sem dar a alma em troca
99 — manter a serenidade diante de uma perda radical por saber que amanhã será outro dia

Edival Lourenço - Publicado na Revista Bula

Os 10 melhores livros de todos os tempos

A lista da Newsweek
Publicado originalmente na Newsweek em 29 de junho de 2009
1. Guerra e Paz, Lev Tolstoi, 1869
2. 1984, George Orwell, 1949
3. Ulisses, James Joyce, 1922
4. Lolita, Vladimir Nabokov, 1955
5. O Som e a Fúria, William Faulkner, 1929
6. O Homem Invisível, Ralph Ellison, 1952
7. Rumo ao Farol, Virginia Woolf, 1927
8. Ilíada e Odisséia, Homero, século VIII a.c.
9. Orgulho e Preconceito, Jane Austen, 1813
10. A Divina Comédia, Dante Alighieri, 1321

16.3.11

Ser feliz ou ter razão?


Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo e ela consultou no mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na  próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.
Percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais... E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.
Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!

MORAL DA HISTÓRIA
Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não. Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência: 'Quero ser feliz ou ter razão?

Outro pensamento parecido, diz o seguinte: "Nunca se justifique; com os amigos não precisa; quanto aos inimigos, eles não acreditam".


14.3.11

14 de Março: Dia Nacional da Poesia, Aniversário de Castro Alves e dia do vendedor de livros

CASTRO


A poesia ganhou um dia específico, sendo este criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), nascido em 4 de maio Castro Alves deixou sua marca na literatura, tanto por belíssimas obras como "O Navio Negreiro", tanto por sua luta contra o escravagismo, sua luta pela liberdade. O autor ficou conhecido como o "poeta dos escravos". Castro Alves foi também um defensor ferrenho do sistema republicano de governo, onde o povo elege seu presidente através do voto direto e secreto.
Seus versos são considerados os poemas líricos mais lindos do Brasil

POESIA

A palavra "poesia" tem origem grega e significa "criação". É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista. Algumas características básicas da poesia são o ritmo, a divisão em estrofes, a rima. Um poema também possui métrica, que é a contagem das sílabas poéticas dos versos. Nem todos estes quesitos estão sempre presentes. Os poetas modernistas, por exemplo, adotaram o verso livre, despreocupado com a rima e a métrica.


Infinito (Rodrigo Ferreira)



Seja em seu cunho tradicional, ou adquirindo ares modernos, como por exemplo os poemas e poesias visuais, esse é um gênero capaz de dar vazão a criatividade, de aguçar a imaginação, e nos ensina a ver a vida de ângulos mais belos, intrigantes, divertidos ou inquietos.

VENDEDOR DE LIVROS

O livro é um portal mágico que oferece prazer, conhecimento e entretenimento. Não temos dúvida sobre a importância das histórias na formação de uma criança, a literatura infantil é o início da formação do leitor.

O interesse pela leitura deve surgir cedo, quando a criança ainda não sabe decifrar o código, mas lê com sua interpretação de mundo, ouvindo a história que lhe contam, imagina e vivência a mesma. Na Antigüidade e no começo da Idade Média, os livros eram manuscritos em rolos de papiro ou pergaminho. Na Europa, os livros formados por páginas costuradas em uma lombada surgiram no século XIII. Mas ainda eram manuscritos, o que os tornava raros e caros.

Os Chineses foram os pioneiros na arte de imprimir livros, usando blocos de madeira com caracteres entalhados.

Passava-se tinta nesses blocos, que eram em seguida aplicados ao papel. Os primeiros livros tratavam de magia ou de temas escolares. Mas o livro mais antigo que se tem conhecimento é datado de 11 de maio de 868 e foi encontrado nas grutas de Dunhuang, na região chinesa de Xinjiang. São discursos de Buda para seu discípulo Subhuti. Por volta de 1040 o alquimista chinês Pi Cheng usou de argila cozida para produzir os primeiros tipos móveis, os quais podiam ser reutilizados após a impressão, porque as letras eram entalhadas separadamente.

O conhecimento dos tipos móveis chegou à Europa muitos anos depois e foi aperfeiçoado pelo alemão Johannes G. Gutenherg (1400-68) que, em1438 começou a fazer impressões com tipos de metal, que proporcionavam maior nitidez à escrita. Uniu os tipos metálicos em palavras, frases, parágrafos e finalmente, páginas. Seu livro mais famoso é a Bíblia de Gutenberg, imprensa entre 1451 e 1456. Em 1448 Gutenberg se associou a Johann Fust, que financiou a criação da imprensa. A sociedade dos dois terminou em 1455. Fust processou Gutenberg e exigiu que ele lhe entregasse seu material como pagamento do empréstimo. Isso levou Gutenberg à ruína

12.3.11

Receita para viver bem!

21 conselhos das Universidades de Medicina: HARVARD e CAMBRIDGE

As universidades Harvard e Cambridge publicaram recentemente um compêndio com 20 Conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual :
01- Um copo de suco de laranja
Diariamente para aumentar o Ferro e repor a vitamina C.
02- Salpicar canela no café
(mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue).
03- Trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral
O pão integral tem 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais Ferro que tem o pão branco.
04- Mastigar os vegetais por mais tempo.
Isto aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos liberados no corpo. Mastigar libera sinigrina. E quanto menos se cozinham OS vegetais, melhor efeito preventivo têm.
05- Adotar a regra dos 80%:
Servir-se menos 20% da comida que costuma comer, evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração.
06- LARANJA o futuro está na laranja, que reduz em 30% o risco de câncer de pulmão.
07- Fazer refeições coloridas como o arco-íris .
Comer DIARIAMENTE, uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, Verde, roxo e branco em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.
08- Comer pizza, macarronada ou qualquer outra coisa com molho de tomate.
Mas escolha as pizzas de massa fininha. O Licopeno, um antioxidante dos tomates pode inibir e ainda reverter o crescimento dos tumores; e ademais é melhor absorvido pelo corpo quando OS tomates estão em molhos para massas ou para pizza .
09- Limpar sua escova de dentes e trocá-la regularmente .
As escovas podem espalhar gripes e resfriados e outros germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente pelo menos quatro vezes à semana (aproveite o banho no chuveiro), sobretudo após doenças, quando devem ser mantidas separadas de outras escovas.
10- Realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam sua memória...
Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, alguma habilidade nova... Leia um livro e memorize parágrafos; escreva, estude, aprenda. Sua mente agradece e seus amigos também, pois é interessante conversar com alguém que tem assunto.
11- Usar fio dental e não mastigar chicletes .
Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos a sua idade biológica porque remove as bactérias que atacam aos dentes e o corpo.
12- Rir.
Uma boa gargalhada é um 'mini-workout', um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida.
Baixa o estresse e acorda células naturais de defesa e OS anticorpos.
13- Não descascar com antecipação.
Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos. Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o câncer. Sucos de fruta têm que ser tomados assim que são preparados.
14- Ligar para seus parentes/pais de vez em quando.
Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afetivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã .
15- Desfrutar de uma xícara de chá.
O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá Verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias. Cientistas israelenses também concluíram que beber chá aumenta a sobrevida depois de ataques ao coração.
16- Ter um animal de estimação.
As pessoas que não têm animais domésticos sofrem mais de estresse e visitam o médico regularmente, dizem os cientistas da Cambridge University. Os mascotes fazem você sentir-se otimista, relaxado e isso baixa a pressão do sangue.
Os cães são OS melhores, mas até um peixinho dourado pode causar um bom resultado.
17- Colocar tomate ou verdura frescas no sanduíche.
Uma porção de tomate por dia baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo cientistas da Harvard Medical School; vantagens outras são conseguidas através de verduras frescas.
18- Reorganizar a geladeira .
As verduras em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavonoides que combatem o câncer que todo vegetal tem. Por isso, é melhor usar á área reservada a ela, aquela caixa bem embaixo ou guardar em um tape ware escuro e bem fechado.
19- Comer como um passarinho.
A semente de girassol e as sementes de sésamo nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes.
20- Uma banana por dia quase dispensa o médico, vejamos: " Pesquisa da Universidade de Barkeley”.
A banana previne a anemia, a tensão arterial alta, melhora a capacidade mental, cura ressacas, alivia azia, acalma o sistema nervoso, alivia TPM, reduz risco de infarto, e tantas outras coisas mais, então: é ou não é um remédio natural contra várias doenças?
21- e, por último, um mix de pequenas dicas para alongar a vida:
-comer chocolate.
Duas barras por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio..
- pensar positivamente .
Pessoas otimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que, além disso, pegam gripes e resfriados mais facilmente, são menos queridos e mais amargos.
- ser sociável.
Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contato com a família.
- conhecer a si mesmo .
Os verdadeiros crentes são aqueles que priorizam o 'ser' sobre o 'ter' têm 35% de probabilidade de viver mais tempo e de ter qualidade de vida...
'Não parece tão sacrificante, não é verdade? Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente tornam-se hábitos.
É exatamente o que diz Sêneca:
"Crie bons hábitos e torne-se escravo deles, como costumamos ser dos maus hábitos".

10.3.11

Como é lindo ver o dia amanhecer...

Com essa frase título começa o que o poeta Valter Figueira classificou como poema número um. O primeiro texto que guardou. É claro que teve outros que perderam nos antigos cadernos e nos cadernos de poesias das meninas de sua escola.

Outro poema lhe deixou uma cômica lembrança, era na verdade um samba que tinha feito a letra para que ele e seus colegas cantassem no fundo da sala. Na hora da execução entrou o professor de português e deu 3 dias de suspensão para a turma do samba, ele e mais dois colegas.

Que ironia! O professor de português impedindo a criação daquele que poderia ser um ótimo compositor. Mas isso não o abateu. A inspiração poética surgia a medida que as paixões aconteciam.

No segundo grau encontrou outro professor de português que fez a diferença. Esse cobrava, nunca estava satisfeito com a produção escrita de seus alunos e isso fazia com eles refaziam os textos diversas vezes e nesse refazer o aprendizado ia se aperfeiçoando. Foi esse professor que lhe disse: Jogue essa literatura de folhetim norte americana no lixo e leia os autores brasileiros. Envergonhado ele fez e começou a ler literatura brasileira, foi assim que conheceu e travou amizades literárias com Machado de Assis; Casimiro de Abreu; Alvares de Azevedo entre outros.

Em 1989, outra mudança marcaria e exigiria dele um novo aprendizado e uma nova adaptação ao mundo dos homens civilizados e acivilizados. Passou de um extremo a outro: Conheceu o mar em Santa Catarina e depois conheceu a Floresta Amazônica, o que depois a classificou de muralha natural intransponível. Fixou, em meio de agruras e medos, residência no norte de Mato Grosso, numa cidade que mais parecia saída de um filme de conquista do oeste norte americano. Presenciou tiroteio e acidentes rodoviários; garimpeiros amarelos ceifados pela malária e o esbanjamento dos bamburrados. Presenciou os pés inchados solitários e abandonados nas ruas e a ostentação dos coronéis do ouro. Com medo, e com certeza o medo o salvou várias vezes, não quis conhecer o garimpo em funcionamento, mas visitou os estragos deixados nas margens dos rios pelo trabalho quase escravos dos perseguidores do metal dourado.

Sua produção poética continuava, principalmente nas noites solitárias iluminadas por uma lamparina e velas. Nesse momento imitava Alvares de Azevedo e dizia que na sua mesa, feita de embalagem de geladeira, havia uma vela, um copo de vinho, um dicionário e alguns nomes da literatura. Procurou mas não encontrou Byron ( em outros momentos ficou com medo de conhecer Byron e ser influenciado por ele). Na sua mesa não tinha uma Bíblia. Mas havia folhetos do catolicismo e das religiões evangélicas que começavam as jornadas para o enriquecimento. Nessa época estava mais interessado na filosofia Budista. Viajou da forma que pode entre as centenas de livros que lera, tornou-se frequentador assíduo da biblioteca municipal e da livrarias. Travou contatos com autores de diversas partes do Brasil e de outros países.

A divulgação de sua produção começou de forma tímida, quando enviava poemas e textos para revista e jornais. Não se conformava com certos tipos de notícias e informações que eram publicadas, por isso fazia uma crônica para ironizar o acontecido ou alertar o leitor sobre as entrelinhas maléficas dos textos. Seu nome era divulgado mas poucos eram os que conheciam. Certo dia viu alguém lendo um texto seu na faculdade, outra pessoa fez um pequeno elogio ao autor, o que ele prontalmente se identificou “Esse sou eu”. E assim surgia entre indas e vindas entre críticas e elogio o escritor. Tanto que em certo momento achou que estava preparado para reunir seus poemas num livro, e com a colaboração de outro poeta do extremo sul, lançou do seu “Poesias”. Como de costume divulgou para os cantos o feitio. Mas quando a obra chegou, numa viagem cheias de paradas impróprias, ele felicitou-se de emoção e chorou de raiva. O fato lembrava um personagem de Machado de Assis. O livro não estava como sonhara – faltou uma revisão final- entre erros e os acertos, ficou os acertos e a boa acolhida dos leitores. Fez sucesso, foi reconhecido, admirado e premiado.

9.3.11

Positivo e Negativo

Diferente dos princípios elétricos, pessoas positivas atraem pessoas positivas. Pessoas otimistas também atraem algumas pessoas pessimistas que precisam desta energia, pois desejam mudar suas emoções. Afinal, uma pessoa otimista é mais alegre e cheia de vida. O otimismo é altamente contagioso.
Pessoas negativas atraem pessoas negativas. Pessimismo só atrai mais pessimismo. Os pessimistas se reúnem para conjeturar sobre como o mundo é imperfeito e como as coisas serão ainda piores. O negativo repele pesoas positivas. Mas a má notícia é que o pessimismo também é contagioso.
Ao escolher se você vai ser otimista ou pessimista, leve em conta que tipo de vida um ou outro grupo tem. Se você opta por enxergar o mundo com olhar otimista, desfrute naturalmente uma existência alegre e construtiva. Se você prefere ser aquele que acredita que o mundo é um lugar ruim para se viver, conforme-se por viver no mundo que escolheu viver.
Por isso recomendo, faça uma escolha pela vida ao invés de optar pela sobrevivência.Quando alguém iniciar um diálogo de como isso ou aquilo está ruim ou complicado, vacine-se deste vírus altamente contagioso e a forma de fazer isso é se recusar a aceitar o "invasor". Um alerta que merece ser dito é eliminar este diálogo interior que nós criamos e que tende a ver as coisas por um lado pessimista. Supere-se!
Ricardo Guimarães

4.3.11

EXERCITE O SEU CERÉBRO

É impotante exercitarmos nosso cérebro. Uma forma de fazer isso é ler estudando o que se está lendo. Ao fazer este exercício diário, estamos mantendo nossa mente despertada e alerta às boas idéias. Esta é, sem dúvida, uma prática de longevidade e sabedoria. Mas atenção, não basta ler, é preciso estar atento ao que se lê e também saber filtrar o que se lê.


"Ler sem refletir é o mesmo que comer sem digerir".

-- Edmund Burke (1729-1797 filósofo Britânico)