estou só, e comigo
a tão esperada solidão.
Sinto correr o tempo
tenho pressa pois o lamento
desfalece o meu coração.
Amigo, amigo fiel!
viste como a vida é cruel?
como é traiçoeiro o amor?
de ti é imensa a saudade
e essa tal de felicidade
não a encontrei senão a dor.
Amigo, fiel amigo!
te escrevo e te digo
- Não és um vulto qualquer
o que amarás um dia
a morte é o fim da agonia
e o carrasco é uma mulher.
Amigo, triste amigo!
quisera eu estar contigo
minhas lágrimas verias
Amigo, amigo do peito
se estivesse junto ao meu leito
verias que para a sombra eu morria.
Amigo, desgraçado amigo
dá-me canto, dá-me abrigo
junto contigo eu viverei
o resto dos meus dias
o fim das minhas agonias
perto de ti morrerei.
Valter Figueira, do livro- POESIAS- ASAS, 1995
Um comentário:
Boa noite, Valter.
Que poesia bonita...
Um abraço.
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