4.4.11

Educação e instrução

Nem só a técnica orienta a nossa acção profissional...num espaço em que se discute a orientação e acção educativa, as passagens do livro de Fernando Savater recorda-nos que trabalhamos diariamente na formação de pessoas em crescimento, pelo que a instrução e a educação convergem e resultam na formação de futuros cidadãos, e também, futuros profissionais.
"Na opinião de Juan Delval, « uma pessoa capaz de pensar, de tomar decisões, de procurar a informação relevante de que necessita, de se relacionar positivamente com os outros e de cooperar com eles, é muito mais polivalente e tem mais possibilidades de adaptação que aquela que se limita a possuir uma formação específica».
(...) « Juan Carlos Tedesco sustenta o mesmo ponto de vista: A capacidade de abstracção, a criatividade, a capacidade de pensamento sistémico e de compreensão de problemas complexos, a capacidade de associação, de negação, de concertação e de empreendimento de projectos colectivos são capacidades que podem exercer-se na vida política, na vida cultural e na actividade em geral (...) A mudança mais importante a que nos abrem as novas exigências da educação consiste no facto de esta dever incorporar de forma sistemática a tarefa de formação da personalidade. O desempenho produtivo e o desempenho cidadão requerem o desenvolvimento de uma série de capacidades (...) que não se formam nem espontaneamente nem através de mera aquisição de informações ou conhecimentos. (...) A escola - ou, para sermos mais prudentes, as formas institucionalizadas de educação - deve, em síntese, formar não só o núcleo básico do desenvolvimento cognitivo, mas também o núcleo básico da personalidade.»"
Fernando Savater, in O Valor de Educar (pg.57 e 58)
Publicado no Blog: voxnostra 

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