27.1.11

O retorno



Poeta afoito com as palavras, ora se embriagando com as maravilhas de sentimentos e emoções humanas... Ora espalhando vocábulos denunciadores dos tédios e pavores da alma... Ora percorrendo labirintos da psicopatia do ser humano em densidades maiores ou menores de espanto e inquietude das pessoas diante do enigma do existir... Assim, neste ecletismo de manifestações literárias, conheci Valter Figueira com sua poesia, sua destreza em construir contos e, mais recentemente, com a criação do personagem Homero que nos incomoda com suas atitudes criminosas de acordo com nossa grosseira maneira de compreendê-lo na obra “Eu Matei” e, quando acreditamos no fim de seus assassinatos cometidos a cada sete anos, pelos quais, curiosamente, não foi condenado, pois sua prisão teve outra motivação, ele, após ganhar a liberdade volta para sua terra natal e passamos a conhecer melhor sua historicidade, seu caráter e sua deformada personalidade, no convívio que tem com uma namorada, seus amigos de infância e seus pais. Parabéns, companheiro Valter Figueira, pela competência literária e fertilidade imaginativa, desta vez com “O Retorno” de Homero.

Agostinho Bizinoto
Diretor da Editora e Produtora EGM

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