1.8.21

JANELA

 

Houve um tempo que eu
queria uma janela só para mim
onde eu pudesse debruçar e
ver a chuva caindo
onde eu pudesse ver o sol
vagaroso se escondendo no horizonte
onde eu pudesse sentir no rosto
o aroma das manhãs.
A noite eu veria o reflexo
do luar na relva verde
e contemplaria o caminho leitoso
de infinitas estrelas.
Hoje eu tenho uma janela só para mim
com grades que não permitam eu debruçar
com um muro cinza que não deixa
eu ver a relva verde.
Eu continuo querendo uma janela
só para mim
que me permita viver e sonhar.

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