Amor e Dor, além de palavras que rimam, são sentimentos muito pessoais e individuais.
A gente pode ter apenas uma noção e fazer idéia da dor que a outra pessoa está sentindo, a julgar pela nossa própria experiência da dor. Mas a sua intensidade e o sofrimento que a dor lhe causa, isto não é compartilhado. E não pode ser medido de forma isenta e precisa...
Cada um sente e suporta a dor de modo diferente, com graus de tolerância que dependem muito da situação momentânea do indivíduo.
E a dor pode ser física e real, ou emocional e imaginária. E dói do mesmo jeito...
Por isto, os médicos precisam ficar atentos a como os pacientes descrevem sua dor, que precisam dar o máximo de detalhes para tentar transmitir aquilo que estão sentindo. Porque por melhor que seja o ouvinte, este não sente a dor do outro que está à sua frente.
Isto também explica por que os psicopatas, sádicos e torturadores não se sensibilizam com a aflição de suas vítimas: eles não sentem com/por elas.
Assim também se dá com o amor.
Não é possível dizer o quanto você ama. Não importa o quanto exprima, nem de que maneiras, o ser amado nunca entenderá sua dimensão, pois este está vivenciando seu próprio amor, e apenas com base neste terá idéia do que o outro procura demonstrar.
Ou não. Seja porque este não quer ou não consegue demonstrar, seja porque aquele tem seu entendimento distorcido pelo torpor do amor que pensa que sente (ou não).
Portanto, é complicado julgar o amor recebido... Só se pode quantificar o amor dado... E isto não quer dizer valorizar... Nem por um, nem pelo outro lado.
E a dor do amor não correspondido, ou de um amor perdido ou terminado, dói sempre! E para quase todo mundo, demora para ser absorvido ou atenuado pelo tempo.... Ou substituído por outro(s).
O poeta vive ambos: o amor e a dor do não-amor, e conjuga os dois, com rimas. Arte, música, poemas e versos que tocam o universo de muitas pessoas, porque estas "sentem" muito parecido dentro de suas limitações.
E quando se diz do amor, há que se distinguir a confusão que se faz, todos nós, entre os vários tipos de "amor".
Enquanto nas línguas latinas e anglo-germânicas usa-se sempre a mesma palavra, em grego se diferencia claramente que tipo de amor se fala ao escolher a palavra que o materializa:
Eros - é o amor erótico, carnal, sexual, físico, entre homem e mulher, o amor romântico, dos apaixonados.
Filia - é o amor fraterno, amizade, apreço, respeito, entre país e filhos, entre irmãos e pessoas, empatia, coleguismo, dos companheiros.
Ágape - é o amor sublime, superior, divino, etéreo, acima das necessidades humanas, entre seres humanos e deuses, e vice-versa, é a devoção sem recompensa, a entrega sem restrição.
Aqui, talvez por conveniência, inocência ou malícia, mesclamos o sentido e a intenção ao nos referirmos ao que sentimos e a sua intensidade.
Ora falamos de um, e é entendido outro; ora nos é dito sobre aquele, e pensamos noutro...
Não bastasse a individualidade do próprio sentimento, ainda há ruídos na comunicação e interferência da interpretação.
Cônjuge é a contra-parte de uma união, num relacionamento a dois. Quem se ama, a quem se devota, com quem partilhamos uma vivência, uma existência e caminhos. Ao mesmo tempo: Eros, Filia e Ágape. Mas isto na opinião e na medida de cada um.
Cônjuges conjugam por algum tempo o verbo amar, em sintonia. Mas não deixam de julgar, sempre: em francês, julgar é juger... A gente julga = on juge = (c)ônjuge.
Relacionar-se poderia ser descomplicado, mas não é. Exige sacrifícios.
Amar deveria ser fácil, mas não é. Implica em dor: antes e depois.
"Ame sempre com ardor, esconjure a dor, não julgue, conjugue a palavra amor em todos os seus significados, com todos os seus sentidos!"
MesdreA gente pode ter apenas uma noção e fazer idéia da dor que a outra pessoa está sentindo, a julgar pela nossa própria experiência da dor. Mas a sua intensidade e o sofrimento que a dor lhe causa, isto não é compartilhado. E não pode ser medido de forma isenta e precisa...
Cada um sente e suporta a dor de modo diferente, com graus de tolerância que dependem muito da situação momentânea do indivíduo.
E a dor pode ser física e real, ou emocional e imaginária. E dói do mesmo jeito...
Por isto, os médicos precisam ficar atentos a como os pacientes descrevem sua dor, que precisam dar o máximo de detalhes para tentar transmitir aquilo que estão sentindo. Porque por melhor que seja o ouvinte, este não sente a dor do outro que está à sua frente.
Isto também explica por que os psicopatas, sádicos e torturadores não se sensibilizam com a aflição de suas vítimas: eles não sentem com/por elas.
Assim também se dá com o amor.
Não é possível dizer o quanto você ama. Não importa o quanto exprima, nem de que maneiras, o ser amado nunca entenderá sua dimensão, pois este está vivenciando seu próprio amor, e apenas com base neste terá idéia do que o outro procura demonstrar.
Ou não. Seja porque este não quer ou não consegue demonstrar, seja porque aquele tem seu entendimento distorcido pelo torpor do amor que pensa que sente (ou não).
Portanto, é complicado julgar o amor recebido... Só se pode quantificar o amor dado... E isto não quer dizer valorizar... Nem por um, nem pelo outro lado.
E a dor do amor não correspondido, ou de um amor perdido ou terminado, dói sempre! E para quase todo mundo, demora para ser absorvido ou atenuado pelo tempo.... Ou substituído por outro(s).
O poeta vive ambos: o amor e a dor do não-amor, e conjuga os dois, com rimas. Arte, música, poemas e versos que tocam o universo de muitas pessoas, porque estas "sentem" muito parecido dentro de suas limitações.
E quando se diz do amor, há que se distinguir a confusão que se faz, todos nós, entre os vários tipos de "amor".
Enquanto nas línguas latinas e anglo-germânicas usa-se sempre a mesma palavra, em grego se diferencia claramente que tipo de amor se fala ao escolher a palavra que o materializa:
Eros - é o amor erótico, carnal, sexual, físico, entre homem e mulher, o amor romântico, dos apaixonados.
Filia - é o amor fraterno, amizade, apreço, respeito, entre país e filhos, entre irmãos e pessoas, empatia, coleguismo, dos companheiros.
Ágape - é o amor sublime, superior, divino, etéreo, acima das necessidades humanas, entre seres humanos e deuses, e vice-versa, é a devoção sem recompensa, a entrega sem restrição.
Aqui, talvez por conveniência, inocência ou malícia, mesclamos o sentido e a intenção ao nos referirmos ao que sentimos e a sua intensidade.
Ora falamos de um, e é entendido outro; ora nos é dito sobre aquele, e pensamos noutro...
Não bastasse a individualidade do próprio sentimento, ainda há ruídos na comunicação e interferência da interpretação.
Cônjuge é a contra-parte de uma união, num relacionamento a dois. Quem se ama, a quem se devota, com quem partilhamos uma vivência, uma existência e caminhos. Ao mesmo tempo: Eros, Filia e Ágape. Mas isto na opinião e na medida de cada um.
Cônjuges conjugam por algum tempo o verbo amar, em sintonia. Mas não deixam de julgar, sempre: em francês, julgar é juger... A gente julga = on juge = (c)ônjuge.
Relacionar-se poderia ser descomplicado, mas não é. Exige sacrifícios.
Amar deveria ser fácil, mas não é. Implica em dor: antes e depois.
"Ame sempre com ardor, esconjure a dor, não julgue, conjugue a palavra amor em todos os seus significados, com todos os seus sentidos!"
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