10.7.09
TRISTÃO E IZOLDA
Sou o Tristão,
e espero na praia umbria,
seu sorriso de acalento,
seu olhar de penumbra
a chamar de meu amor.
Ainda espero que esqueça,
os desejos da carne,
e ouça o gemido de
meu mortal coração
que sangra mortalmente,
ferido por seu olhar de desprezo.
Ainda hei de gritar ao mundo:
És minha Izolda reencontrada
que perdeu-se num engano,
nas arestas da vida,
nas vertentes do destino,
na aba de um pseudoamor!
Ainda ouvirei o grito de muitos:
És o Tristão, que ama e idolatra
a solitária Izolda que o despreza
e maltrata.
Ainda espero na praia solitária
sua bandeira branca.
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