Ao poeta Gideon
Antunes
A poesia do pantaneiro
rasteja na lama
se molha nas águas do
pantanal e se seca
ao sol e na poeira das
estradas
sem pavimento.
A poesia do pampeiro
corre a galope
na garupa de um cavalo,
canta ao som
de um acordeão, perde-se
nas invernadas
atrás dos xucros e
descansa numa roda
de chimarrão.
A minha poesia não se
enquadra em
nenhum modo, porque é
diversa, sem
estilo, é o resultado
de um sonho,
de um pesadelo e de uma
solidão.
Do livro "Poesias" 2ª Ed. Borck, 2014
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